sexta-feira, 22 de junho de 2012

De volta nos eixos

Em 1983, em Sabará, interior de Belo-Horizonte, um homem realizava seus fetiches com crianças abandonadas. Neste ambiente hostil, uma criança se destacava por ostentar dotes especialmente generosos, o nome dela era Evaristo. 
Evaristo é proveniente de um terrível acidente ferroviário, envolvendo uma esposa, um trem, seis funcionários e uma idéia de gerar algumas risadas durante o horário de pico. 
Tudo isso aconteceu por volta das cinco horas da tarde, quando o trem partiu de Maracujá, no sudeste paulista. No meio da viagem, Ernesto convenceu seus colegas a empinarem o trem, apenas por diversão. E assim o fizeram, empinaram a ponta do trem e ele descarrilou, derrapou e se chocou contra um pequeno povoado, ocasionando o pior acidente ferroviário da década de 80. Mais de 50 mil pessoas morreram e 230 milhões ficaram gravemente feridas. E até hoje, são encontrados corpos nas ruas de pessoas que morreram. Não necessariamente do acidente, mas por outros motivos variados. Porém, algo pior aconteceu, no meio dos trilhos, uma esposa chamada Laura estava cedendo seu corpo para um jovem que conhecera no mesmo dia. Laura se envolveu tão profundamente que atingiu o orgasmo facilmente, resultando em uma epilepsia tão forte que a fazia estremecer tanto que seu parceiro se assustou sacando seu pênis para fora. De repente, um jato forte de um líquido transparente é jorrado da vulva excitada da esposa. Surpreso com a cena libidinosa, o homem coloca rapidamente suas duas mãos no pescoço da moça e a penetra com fúria. Os olhos dele refletiam sua bestialidade que logo em seguida se transformariam em maçãs. 
No êxtase do coito, o trem passa por cima do casal, espalhando material genético por toda a ferrovia municipal.
Alguns anos mais tarde, Evaristo foi encontrado dentro da barriga de uma viga de ferro, que foi logo socorrida por uma equipe de médicos residentes. Evaristo recebeu este nome em homenagem ao famoso repórter da rede Globo, Evaristo.

 
Evaristo, após o parto
Após seu milagroso nascimento, a criança foi levada para um orfanato, onde um homem de cabelo careca chamado Xico Anysio o ajudou a se comportar como uma crianças feliz. Infelizmente, o coração de Evaristo era pequeno e não suportava muitas mágoas. E em 1999, ele solucionou um caso que comoveu a nação: quem matou Éllen Roche. Após muitas investigações, foi comprovado que Evaristo estava certo e por isso mesmo foi convidado pela ONU a trabalhar no carrocel do Shopping Ver-ão, em São Leopoldo.

Desde 2004, ele vem trabalhando em artigos acadêmicos que se resumem em três parágrafos: Plotter e Abstinência. Seu principal caso amoroso foi com uma empregada doméstica obesa, com quem teve mais de seis filhos e uma neta. Além de avô, Evaristo sempre sonhou em ser avó. 

Por fim, antes de sua morte, em 1993, ele foi eleito prefeito da cidade de Manaus, com mais de 5 habitantes. Seu primeiro feito foi construir uma casa e depois morar nela. Em seguida, se renunciou ao cargo por suspeita de desvio de verba e sonegação de impostos. 
Sua morte veio logo depois, quando em uma visita aos trilhos onde foi parido, um trem acidentalmente cai em cima dele ocasionando sua morte.
Após sua morte, Evaristo foi encaminhado para uma casa de reabilitação, onde conheceu seu  atual ficante.


Fim

sexta-feira, 15 de junho de 2012

As evidências físicas de Nicolau

Todo mundo sabe que não se pode confundir os fatos no momento em que eles são expostos diante de si mesmo. Todo mundo, menos Nicolau.

Sobre os fatos exibidos, ninguém nunca tentou questiona-los. Eles simplesmente existiam e todos se conformavam, afinal, eram fatos.

Ele se chamava Nicolau porque seu pai o apelidara assim em seu aniversário de 14 anos, quando ele o viu nú. NICOLA, em italiano significa NICOLAU.

A Bunda de Nicolau


Sim, Nicolau era transexual e sabia bem como satisfazer um homem.
Continuando a história....




Em maio de dois mil e três, ele convidou uma garota para seu apartamento em Veranópolis, capital do Rio Grande do Norte. Para quem não sabe, Veranópolis é a capital do Sexo prazeroso.
 Nesse ambiente de muito sexo e azaração, Leanina, uma jovem garota de 19 anos, loira, seios fartos, pernas torneadas e pele lisa, sentia-se carente.
Não demorou muito até que fosse estuprada pelo prazer carnal de Veranópolis. Depois desse dia, Leanina nunca mais foi a mesma.

Sesé, amigo de Leanina era casado e possuía seis filhas que juntas eram um só homem de meio metro. Alí. Naquele semestre, todas foram se casar e nunca mais voltara para casa de Sesé.
SEU NOIVO SE CHAMAVA



Gomes



Fato.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Pequena mensagem de texto


Me chamo Vanessa. E eu fiz uma mudança de sexo.

Não é porque gosto de mulheres, ou me sentia como uma, mas porque eu achei que seria algo engraçado para se fazer com a minha vida.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Delírio humano

Em uma manhã fria, ele acordou. Fazia anos que ele não acordava de seu sono que muitos consideravam eterno. 
Sua primeira atitude foi sair da cama e ir até a janela de seu aposento. Diante do vidro embaçado por sua respiração, ele observava solenemente toda a paisagem devastada. Em seguida, seguiu para o banheiro e logo depois, vestiu seu famoso sobretudo preto. Ele sabia que havia muitos deveres, por isso se apressou e foi até a sala de jantar, onde pediu sua refeição.

Algum tempo depois, ele estava caminhando junto de outros e analisando todos os estragos. Alguns corpos decompostos ainda permaneciam no mesmo lugar desde o incidente. Os muros simplesmente não existiam mais e as casas eram apenas pequenas concentrações de escombros. De repente, ele parou em frente de uma porta que estava escancarada no chão. Os outros estavam confusos e apenas observaram ele se abaixando e pegando a maçaneta, como se fosse possível abrir a porta.

E era realmente possível abrir a porta. E atrás dela uma escada em espiral descia até onde os olhos não enxergavam mais. Sem hesitar, todos desceram e o último fechou a porta naturalmente. A penumbra sólida não impedia que eles descessem rapidamente a escada. Em pouco tempo chegaram no chão. Ele tossiu algumas vezes e por fim disse:

- Amim.

Repentinamente, um leve tremor começa e uma luz surge. Os outros procuravam o foco da luz, mas não encontravam de jeito nenhum. Ele prosseguiu.

- Amim, como se sucedeu?

Uma outra voz, rouca e profunda respondeu Ele.

- Colidiram-se. Em busca. Náder. Morte.

O silêncio em seguida tomou posse do local. Ele se tornou tão pesado, que pressionava os ouvidos dos outros. Cada vez mais pesado, até que se tornou palpável. Os outros caíram no chão e alguns perderam a vida. Os que restaram ansiavam a morte, mas permaneceram vivos.

- Entendo. Una sua Ghyelnër. Partirei amanhã ao amanhecer. E não esqueça. Há como sobreviver até o solstício.

- Cain. Impedir. Voltar. Esperança.

- Não, nada de Esperança. Ela irá atrapalhar nossos planos.

- Não. Motivo.

- Façamos o planejado. Não envolva circunstâncias externas. A Esperança é alguém que não se pode confiar na nossa situação. 

- Esperança. Dor. Não.

- Apenas faça. Não espere que ela vá ajudar. Eu a conheço bem. Ela é capaz de confortar, mas também pode iludir até a mim. Não quero que se envolva com ela até que tudo volte ao normal, Amim!

O Silêncio novamente virou palpável e dessa vez matou todos os outros. Ele seguiu para a escada. De volta para seu aposento, a paisagem permanecia morta. A única vida que existia naquele lugar era a Morte. Ele cumprimentou ela e disse:

- Amim irá cair. Prepare-se.

- Como sabes do futuro? Ainda mais do futuro alheio, algo que pertence somente a mim. A morte.

- Não vejo o futuro. Vejo fatos.

Ele seguiu seu caminho, enquanto a Morte ia para a porta da escada.

Não demorou muito para que Ele entrasse em seu aposento. Após completar seu banquete, encaminhou-se para seu leito. Foi até a janela e observou mais uma vez a paisagem da hecatombe.

Ao deitar-se, antes de fechar seus olhos, soltou um suspiro. Ele voltou para seu sono eterno.

Enquanto isso, Amim se envolvia com Esperança. Ao se beijarem, ela lentamente o abraça. Cego, Amim se aventura pelas curvas de Esperança e não nota ela sacar um punhal de sua cintura. Enquanto suas línguas se encontravam, Esperança furou-lhe as costas com o punhal e esboçou um sorriso de escárnio. Mais uma vítima. Ele tinha razão. E a Morte fez seu serviço.

- Pandora, que erro. Que erro.


domingo, 3 de junho de 2012

Mais uma vez, o vazio

Emersom é um jovem comum. Não usa drogas, bebe socialmente, gosta de futebol, de vez em quando joga videogame, faz faculdade de engenharia civil, tira notas medianas, vive com os pais, é filho único.

Certo dia, depois de assistir seu time de futebol perder de 2 a 0 para um adversário qualquer, ele pensou sobre a vida. O que ele fazia aqui?

Seus pensamentos foram interrompidos por um homem de 67 anos que cheirava a melancolia. Ele era alto, usava um suéter preto, uma barba rala e tinha rugas de expressão profundas. Ele fitava Emersom profundamente.

MAS, ANTES DE TUDO ISSO.


Um homem de meia idade conversava consigo mesmo sobre como ele poderia conquistar uma mulher que nunca falara ao vivo. Certamente ele se sentia um imbecil. Mas no fundo de seu coração, ele sentia uma esperança que levemente consumia o resto de felicidade que sentia.


Os três personagens tinham algo em comum. Eles viviam.


mas nada faria sentindo sem uma citação de Caio Fernando de Abril :

Nunca na minha vida fui tão feliz como naquela manhã de outrono. Outrono é uma espécie de cunhado que arromba seu cu e faz dele seu espaço pessoal para conversar consigo mesmo. Obviamente eu estou triste, mas não faço questão de nao admitir que sou um bosta. Eu escrevo porque nao sei mais o que fazer. Na verdade, estou só... PROTELANDO.

Ok,

esse é um post sem explicação, tô só defecando em cima do teclado porque quero fugir desse sentimento que me persegue. Obviamente não é algo muito grande, nem nada. É só um desconforto, uma insegurança. Algo que me consome. É, eu usei essa palavra de mais, só que realmente, ele começa a DEFENESTRAR tudo que resta de algo que não seja dor.



FODA-SE