domingo, 13 de outubro de 2013

O garoto idiota

Ele era um bosta. Tudo que ele fazia era estragar coisas. Sempre que tocava em uma coisa, ela quebrava.

Seu nome era Raul e sua mãe nunca o conheceu porque simplesmente havia morria no parto.
Seu único amigo era o Márcio. Mas eles só se falavam via Skype duas vezes por mês. Márcio não gostava de Raul.

Certo dia, Raul se apaixonou por uma bela expectativa de vida. Isso significa que depois do dia 13 de Agosto de 2013 ele só pensava no que iria acontecer com sua existência no futuro próximo. Isso o distraiu e abacabou que ele esqueceu sobre o sistema quantitativo em que ele trabalhava na farmácia.

O sistema quantitativo em que ele trabalhava na farmácia era nada menos do que um par de meias que ele usava para se masturbar enquanto fazia seu turno noturno. O problema em ter esquecido isso na farmácia, é que sua orientadora pedagoga acabou descobrindo e usando as meias como justa causa para demissão de Raul.

Depois que foi demitido por supostamente se masturbar em horário de trabalho em um estabelecimento comercial focado na saúde do indivíduo, Raul foi morar perto de um lago na região pobre de sua cidade. Por falta de dinheiro e uma educação de qualidade, ele só conseguia se lamentar e usar drogas pesadas.

Seu fascínio por crack aumentou quando descobriu que ele era mais barato do que imaginava. E a partir disso, se tornou um usuário afinco da droga. Seis meses depois, Raul foi encontrado morto em baixo de um viaduto na cidade de Cruz Alta.

Infelizmente, ele conseguiu conquistar sua paixão, que na verdade era uma expectativa de vida. Seu sonho era viver intensamente o presente e aproveitar as menores coisas da vida. E foi isso que aconteceu com Raul. Enquanto se drogava com Crack e outras substâncias proveniente de ácido de bateria de carro, ele conseguia apenas ver o que estava acontecendo diante de seus olhos, esquecendo tudo ao seu redor. Quando ele conseguia pensar, ele chamava essa sensação, conhecida por ficar chapado, de "Alcance da Verdade". Segundo ele, era o Nirvana real da existência.

Sim! Ele tinha alcançado sua paz interior e toda a verdade universal se chapando com crack e chorume. Infelizmente sua decisão de alcance da verdade e tudo mais resultou em sua morte.



terça-feira, 8 de outubro de 2013

Dois mil e treze

Neste ano, em que as coisas voltam a estar estagnadas, o dever me chama para contar a urgente história de Wertom, que é sobrinho de meu pai, portantto meu primo em proximidade afetiva. Wertom era meu primo, e tinha grave deficiência auditiva, que o levava a ouvir mal, e ser triste. Tendo em vista que não se comunicava bem, decidiu tornar-se homoafetivo. Sem chance de sucesso na empreitada, veio a falecer.

Quem não sabe viver, morre.

 Urge que esclareçamos a mensagem: vá à merda.