O homem é um animal político, como disse um daqueles barbudos gregos (ou romanos) que a gente estuda. Por isso entenda-se que é um ser social, que precisa interagir com semelhantes. Pois bem, o interessante é o que acontece quando privado disso.
É lugar-comum dizer que hoje a humanidade passa por uma epidemia de solidão, mas é lugar-comum porque é verdade mesmo. Não digo isso me referindo ao papinho de que "só se passa tempo mexendo no celular em vez de interagir com os outros" - até porque o que as pessoas mais fazem no celular é justamente interagir com os outros. (Me vem na cabeça aquela plaquinha que põem em alguns estabelecimentos - "não temos wi-fi, conversem entre si" - porra, e seu eu to justamente precisando de wi-fi pra conversar com alguém, vou ter que ir gastar meu dinheiro em algum outro local.)
Na real eu me refiro àquele papinho sim, ele é real, a internet permite passar o dia inteiro sem interagir com ninguém. Mas a pessoa que se isola na internet se isolaria sem ela também - faz isso porque é de sua natureza. A internet não causou o isolamento, ela foi criada em nome dele: foi criada pra compartilhar pornografia e facilitar a punheta, que até então era mais complicada. (você já tentou fapar só com a imaginação? Foda)
Mas aí você leu até aqui essa merda e não achou nada que não soubesse.
Pois é, nada nunca é novo, bom lembrar. Toda vez que eu tento escrever alguma coisa acabo voltando a isso. Merece respeito o cara que escreve algo novo, porque é difícil e exige trabalho, coisa que não gosto. Sem esforço acabam saindo umas redações de vestibular, com orações tipo "hoje em dia na sociedade em que vivemos..." - usei expressão parecida num parágrafo anterior, acho (não vou reler, preguiça). Tô usando bastante travessão nesse texto.
Mas expor o óbvio pode ser útil também, se você é do tipo que vê utilidade nas coisas,
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