quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Homenagem ao seu prepúcio

Seu modo de pensar era totalmente diferente do tradicional, nunca se importou realmente com atitudes altruístas e morais. Seu egoísmo era tanto que ninguém podia fazer sexo com ele. "A porra é minha", dizia.
Certo dia, este personagem se deslocou de sua casa para ir ao centro da cidade. Quando atingiu seu destino, se deparou com uma cena lamentável: duas pessoas do mesmo sexo, ambas homens, com roupas e uma cartola em cada cabeça dançando um estilo musical pouco conhecido no Brasil: Sfregão. Sem pensar, alcançou um cabo de vassoura e iniciou a agredir os dançarinos. Um em especial, teve seu ânus rasgado por vergonha alheia e pouca força de vontade.
Após o acontecimento, ele voltou para casa e foi dormir. No dia seguinte, observou o nascer do sol na janela de seu quarto; imobilizado.

"Nada do que ele fazia fazia sentido."


Quando se recuperou de sua crise, ele manteve-se firme e admitiu que precisava se tratar. Decidiu ir ao Dr. Cavalo.

Dr. Cavalo era um garanhão forte e saudável. Possuía porte grande e vendia sêmen por altos preços. Quando se deparou com o novo paciente, puxou uma risada étnica: era a primeira vez que tratava um ex-judeu.

- Então, antes de começar o tratamento, devo perguntar como é que você fez a cirurgia de reposição de prepúcio?

O paciente esfregou os olhos e respondeu sonelemente.
- fiz um enxerto.

- Eu presumo que sim. Agora, vamos ao seu problema: o que você sente?

- Então, eu não sinto.

- Oh, então temos um caso de típico filho da puta.

- Acredito que não.

- Oh, sim.

- Dr., desculpe duvidar de seus conhecimentos acerca da área da psiquiatria, entretanto me sinto no dever de conhecer seus diplomas.

- Evidentemente.

O animal levantou-se e foi até uma prateleira onde estava recheada de livros com títulos complicados e outros em latim. Com a boca, ele alcançou para até a pessoa.

- Aqui estão meus méritos, espero que fique satisfeito.

Ele observou que o cavalo possuia PhD. em Análise psiquica de idiotas e Doutorado em uma coisa que ele não sabia o que significava, mas ficou satisfeito e devolveu os diplomas para o cavalo, que por sua vez voltou a analisar seu paciente.

- Então, seu caso é típico de filhos da puta. Seu problema é consigo mesmo, não com o mundo. O que você pensa sobre isso?

- Nunca havia pensado nesta possibilidade, mas não sinto que seja isso.

- Exatamente, você não sente, foi o que você mesmo disse.

- Ah, é verdade. Então sou um filho da puta.

- Com todo respeito, gostaria de examinar seu pênis.

- Tá.

Ele abaixou suas calças e expôs seu membro. Era uma piroca média, possuía a glande maior que o comum e seus pelos pubianos eram aparados com um certo cuidado.

- Cogumelo, então.

- Hã?

- Seu pênis, tem formato de cogumelo. É interessante.

- Ah, sim... foi por isso que fiz a cirurgia para recolocar o prepúcio.

- Me fale mais sobre isso...

- Eu queria ser alguém. Queria ser alguém que conseguisse fazer sexo normalmente, sabe.

- Entendo.

- Mas eu me sentia preso. Me sentia como se houvesse um impedimento.

- Uhum...

- Então resolvi fazer a cirurgia.

- Compreendo perfeitamente. O que você fez depois?

- Fiquei feliz, mas não estava completo. Havia algo faltando, mas não compreendia.

- Você não sentia, exato?

- É, eu não sentia o que faltava. Eu simplesmente sabia.

- Entendo, acho que descobri o que você tem.

- É mesmo, Dr.?

- Sim, você deve tirar seu prepúcio.

- Mas...

- Sinto muito, é tudo que se pode fazer.

Abatido, ele voltou para casa e pensou no assunto.
Três semanas depois, fez a cirurgia de circuncisão, na Meca mais próxima de sua casa.
Foi como uma explosão de alegria, ele estava sentindo de novo. Finalmente, sua vida tinha sentido, e por fim ele entendeu: ele tinha fimose.

100% de SENSAÇÃO. Agora ele sentia!


FIM

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