quarta-feira, 4 de abril de 2012

A Incrível História de Anderson

Em uma noite qualquer, dentro de uma casa qualquer, enquanto via um canal qualquer, um homem qualquer está se masturbando. Enquanto isso, do outro lado da parede, uma criança faz sua lição de casa instigando qual seria o significado da vida e o que motivaria mais as pessoas a aprenderem de forma mais eficiente. Essa criança se chama Anderson, e seu pai Edvaldo.

Após acabar sua reflexão, concluindo seus pensamentos com total êxito e muita coerência, Anderson foi até a cozinha beber um copo de água. Ao passar pela sala, testemunhou seu pai estimulando sua próstata com o dedo médio, de quatro olhando Jornal Nacional. Esta cena marcou a pobre criança que nunca mais foi a mesma.

Alguns anos depois, acostumado a ver seu pai introduzindo coisas em seu próprio ânus, Anderson decidiu que estava na hora de entender o que seu pai sentia enquanto fazia isso.


Foi assim que tudo começou.

O jovem sabia que não era algo que se fazia de uma hora para a outra, por isso, durante um mês começou a fazer toda noite um ritual anal. Começava estimulando o esfíncter, logo em seguida, entrava com um dedo e ao longo dos dias, mais um dedo. Até que conseguia por seu desodorante Axe inteiro, sem esforço. No dia 23 de Abril de 2004, ele finalmente penetrou o consolo de seu pai. Neste momento, sua avó, Dona Leucira, de 84 anos, começou a bater na porta do banheiro avisando que precisava cagar. Anderson ficou desesperado, apertou o esfíncter e acabou ficando tonto. Então, com um movimento de desespero, Anderson bateu com o cotovelo no olho de um carteiro.

- Ai, porra!

- ah, desculpe ai, é que..

- Tá, tudo bem não esquenta.

- Ok, desculpe.

Anderson acordou dentro de um poço de algo que lembrava sêmen.
Obviamente, era sêmen. E ele acabou bebendo um pouco. Não porque queria, mas porque sempre teve curiosidade.

Sem pestanejar, começou a flutuar até o topo do poço, que ficava mais para cima. Quando ele saiu do poço e observou onde estava, sentiu-se mais alegre. Ele estava na Azenha, em Porto Alegre, Rio grande do sul, um lugar muito bonito e cheio de pessoas bonitas e inteligentes, que tem um interesse maior que o comum pelo que é culto e interessante.
Anderson resolveu andar um pouco pela cidade quando foi abordado por um par de meias de nylon. 
 Elas o cumprimentaram e perguntaram o nome dele. Em seguida, se apresentaram e começaram a falar sobre assuntos banais, como a cotação do dólar, o madato da Dilma Rousseff e como a vida é boa e feliz. Foi ai que a conversa pegou no tranco!

Anderson disse que sim, mas também acreditava que o que guiava a vida eram as desgraças. Mas as meias não entenderam, então ele explicou novamente:

- Pensa bem, se a vida fosse 100% feliz, o que seria a felicidade? Todo mundo iria ser feliz, a vida seria totalmente sem razão. As pessoas não teriam motivação para viver porque simplesmente já alcançaram o maior desejo da humanidade: ser feliz. Mas agora, se o mundo tem desgraças, mortes e muita infelicidades, a FELICIDADE é algo que vale a pena correr atrás. A alegria é uma recompensa tão boa que pode-se criar uma motivação para se continuar vivendo, apesar da desgraça que é a vida.

As meias riram da cara de Anderson. Segundo elas, ele era idiota e isso era algo tão obvio que nem se ensinava em escolas. Ele ficou triste. Mas não importava mais.
De repente, um chevette aparece na calçada e atropela Anderson, que é gravemente ferido por um homem com machado que o leva até o HPS na Osvaldo Aranha.
 Anderson se questionava porque ele estava se sentindo ligeiramente estranho, então olhou para seu passado.
A sua vida foi algo como um sopro. Nada mais, nada menos que apenas ilusões, distrações e um pouco de risadas de pênis desenhados na classe da escola.
A escola. Nada marcou tanto em sua vida como a escola.

por que ele sofria tanto naquele ambiente tão amigável?
Aquelas pessoas que ele via diariamente, por que ele se sentia tão intimo delas e ao mesmo tempo tão distante? Obviamente, a vida era algo que ele não sabia explicar, e nem tinha mais condições mentais para isso, ele já tinha esquecido da escola e agora pensava em quinas.
Quinas de mesas, portas, e até gavetas.

Gavetas, isso mesmo.
Gavetas eram engraçadas até meados de 2000, quando ele descobriu que gaveta ao contrário soava Atevag, que lembrava o som que escutou quando caiu da bicicleta e quebrou o ombro. Atevag!

Anderson adormeceu e acordou.

Segundo médicos especializados em proctologia, Anderson havia perdido muio sangue com um derrame causado por um grave rombo em seu cólon. E isso causou a ele uma vida de sofrimentos, que era levemente adocicada por piadas sobre negros e judeus, que lia na internet, após seu horário de almoço.

Anderson nunca mais voltou a estimular sua próstata e nunca mais falou com sua avó, pois ela havia falecido no instante que viu seu neto jazido no chão de seu banheiro com a bunda ensanguentada e um dildo entalado no meio dela.

E o par de meias que ele havia presenciado, não eram meias, eram polainas. Anderson era burro, mesmo.



Um comentário:

Brenda Lavoieri disse...

puta que me pariu... HEOUIEUEHUEA